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Caíque é vítima de racismo em jogo contra o Brusque; torcedor é preso

Caíque é vítima de racismo em jogo contra o BrusqueFoto: Reprodução/Criciúma

No final do jogo entre Criciúma e Brusque, válido pela 8ª rodada do Campeonato Catarinense, o goleiro Caíque foi alvo de insultos racistas. O atleta relatou ter sido chamado de “macaco” por um torcedor do Brusque, que foi identificado e preso em flagrante pela Polícia Militar.

Caíque foi alvo de racismo por torcedores do Brusque

“Me chamar de frangueiro, beleza. Me chamar de macaco, eu não admito. Tenho orgulho de ser preto”.pic.twitter.com/gC7baGawaZ

— Central do Tigre (@centraldotigre_)February 9, 2025

“Criticas ao meu trabalho, como ser chamado de frangueiro, eu aceito. Faz parte do futebol. Mas racismo não. Tenho orgulho de ser preto e não vou tolerar isso”, desabafou Caíque após o jogo.

Goleiro Caíque, do Criciúma, falou sobre o ato racista que sofreu em Brusque. Segundo o jogador, foi chamado de macaco por torcedores. Profissionais de imprensa também tomando banho de cerveja. Desrespeito total.

📹Rádio Cidade em Dia.pic.twitter.com/i0H1D8Q3Ay

— Giovane Marcelino L (@giovaneml)February 9, 2025

O técnico do Criciúma, Zé Ricardo, contou que percebeu a discussão entre Caíque e a torcida adversária durante os minutos finais da partida, mas só soube dos detalhes após o apito final. “Vi que algo estava errado, mas preferi pedir para ele se concentrar até o fim. Depois, fui entender o que havia acontecido”, explicou.

O clube informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o goleiro Caíque compareceu à delegacia de Brusque por volta das 22h51 para registrar um boletim de ocorrência (BO). Ele foi acompanhado por profissionais do clube e recebeu todo o suporte necessário do departamento jurídico do Criciúma. O Tigre ainda ressaltou que se manifestaria oficialmente sobre o “triste episódio da noite deste sábado”.

Mais tarde, em nota de repúdio, o Criciúma condenou veementemente o ato de racismo e reforçou seu compromisso com a luta contra qualquer forma de discriminação. O clube também lamentou as ameaças e a situação de vulnerabilidade enfrentada pela delegação durante o ocorrido, exigindo medidas firmes para coibir esse tipo de comportamento no esporte e na sociedade.

https://www.criciuma.com.br/noticias/o-clube/nota-de-repudio-8

Essa não é a primeira vez que o goleiro passa por isso, em 2023, quando ainda jogava pelo Ypiranga-RS, em partida contra o Altos na série C, foi vítima de injúrias raciais e na época disse:

“Todas as vezes em que ouvi esse tipo de fala eu fiquei calado, mas acho que a gente tem que começar a falar. Acho que mancha o espetáculo.” – lamentou Caíque na época.

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