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‘Não há mais tempo’, dizem ex-reféns israelenses um ano após sua libertação

Mulher diante de uma faixa com os rostos de reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza, em Jerusalém, em 28 de outubro de 2024HAZEM BADER

HAZEM BADER

Um grupo de ex-reféns que foram libertados de Gaza durante a única trégua entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, há um ano, lançou neste domingo (24) um apelo à libertação dos que permanecem cativos.

“Devemos agir agora. Não há mais tempo”, declarou Gabriella Leimberg em coletiva de imprensa em Tel Aviv.

“Durante 53 dias, a única coisa que me permitiu resistir foi saber que o povo judeu santifica a vida e não deixa ninguém para trás”, disse a mulher.

Durante o ataque sem precedentes dos comandos do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, 251 pessoas foram sequestradas e 97 permanecem cativas em Gaza, um número que inclui 34 reféns considerados mortos pelo exército israelense.

A única trégua alcançada durante a guerra, em novembro de 2023, permitiu a libertação de mais de 100 reféns em troca da libertação de palestinos detidos em Israel.

Desde então, outros sete reféns foram resgatados em operações militares do exército israelense.

“Há um ano, voltei com outros 104 reféns, todos vivos, mais do que qualquer operação de resgate. Um acordo pode trazer todos de volta”, disse Leimberg.

“Sobrevivi e reencontrei a minha família e peço o mesmo para todas as famílias dos reféns e exijo que os líderes façam o mesmo para trazê-los todos de volta”, acrescentou a mulher.

Danielle Aloni, que foi sequestrada junto com sua filha Emilia, de 6 anos, foi libertada após 49 dias de cativeiro. Aloni disse que “o perigo aumenta a cada dia” para os reféns que ainda estão em Gaza, inclusive vários dos seus familiares.

“Chegou a hora de voltarem o mais rápido possível, já que ninguém sabe quem consegue sobreviver ao inverno nos túneis”, disse Raz Ben Ami, cujo marido Ohad continua sequestrado, referindo-se aos túneis em Gaza.

O Fórum de Familiares de Reféns, coletivo que reúne grande parte dos familiares dos cativos, lembrou que “um ano se passou desde o primeiro e único acordo para a libertação” dos sequestrados.

“Nenhum acordo foi finalizado desde então”, observou a associação.

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